sexta-feira, 27 de maio de 2011

Blog (re)conhecido além fronteiras (Youtube)

Um grupo de pilotos brasileiros falam do LK8000 que foi instalado num GPS made in China, e fazem referência a um blog português! :) (ver no minuto 3:00)

terça-feira, 17 de maio de 2011

1º Encontro Nacional de Parapente e Paramotor – Alcaria Ruiva


















































mais info aqui


1º Encontro Nacional de Parapente e Paramotor – Alcaria Ruiva

Programa do Evento
Dia 21 de Maio de 2011:
08:30 H
Ø Recepção a todos os pilotos no local de aterragem.
Ø Breve palestra sobre o evento em causa.
Ø O evento decorrerá até às horas que as condições meteorológicas o permitam.
Ø Terão lugar, voos bilugar e paramotor.
Ø Estarão viaturas no local de aterragem, para a recolha dos pilotos.
Ø Nas nossas instalações (Monte das Trafeiras), haverá apoio aos pilotos que dele necessitarem.
Ø Durante o dia, serão servidas sandes e águas aos participantes.

20:30 H
Ø Será servido um jantar no restaurante Amália em Alcaria Ruiva, no qual a inscrição será de
15 € por piloto, que inclui a recolha (numa área de 30 km) e o jantar; para acompanhantes
o preço do jantar será de 7,50 €.
Ø Quem necessitar de alojamento o custo será de 5 € adicionais por pessoa.

Nota: As marcações do alojamento devem ser comunicadas com antecedência, uma vez que
a lotação é apenas até 20 pessoas.

Dia 22 de Maio de 2011:
08:30 H
Ø Concentração no local de aterragem, para inicio das actividades.
Ø Estarão viaturas no local de aterragem, para a recolha dos pilotos.
Ø O encontro decorrerá até às horas que as condições meteorológicas o permitam.
Ø Durante o dia serão servidas sandes e águas aos participantes.
Nota: As inscrições serão feitas no local da aterragem ou através dos contactos telefónicos.

Contactos
Joaquim Arroteia - 96 272 49 76
Francisco Saramago – 96 806 90 67

terça-feira, 10 de maio de 2011

Voo XC de Castelo de Vide (Castelão) até Penamacor

Olá amigos aqui vai a descrição de um voo realizado no passado Domingo dia 8 de Maio de 2011.
No sábado, as previsões não eram assim muito famosas, vento fraco, a rodar se sul para Sw perto das 15h, tecto 1200-1500m, mas o meu amigo Tiago estava entusiasmado e lá se combinou, depois já a altas horas da matina ainda ligou o Lacerda e lá juntamos 8 voadores.
Pelas 9.15h lá saímos pela estrada nacional e lá fomos, pelo caminho verificávamos que a medida que nos íamos aproximando mais do interior, o céu estava mais fechado com muitos cúmulos, chegamos a Castelão já passava das 12.30h, fomos deixar um carro na aterragem oficial, abastecer os camel-bag de água e subimos para a descolagem onde encontramos mais 3 manos da Paravoar. Ao descarregar as asas começava-se a ver os nossos amigos abutres a dar umas enroladelas e a ir á base das nuvens, o que era uma boa indicação para nós.
Chegamos á descolagem , o vento estava SW-W intensidade boa, alguns pilotos começaram a preparar o material, e outros aproveitaram e comeram. Um pouco antes das 13.30h, dá-me um aperto muito grande, e lá tive que ir mandar um fax para tokyo, momento em que Hugo Almeida, e Pedro Lacerda começam a descolar, o Hugo teve de sobreviver mais um pouco á lei da gravidade, mas o Lacerda começa a subir que nem um maluco logo a seguir junta-se a Paulinha e o Hugo passado pouco tempo. De seguida mais pilotos vão descolando, Tiago Dário, Finoty, Henrique Baptista. Eu atrasei-me com o servicinho extra e já começava a stressar, pois estava no chão e aqueles caramelos todos colados a nuvem e alguns já tinham entubado…equipo-me e vou descolar mas a Moranguinha não queria subir, a asa virava-se para o lado esquerdo, então verifico que tinha um cordão torcido na banda esquerda, pois este sintoma não é normal na minha linda asa. Entretanto descola o Carlos Silva, o Luís Nascimento e outro piloto da Paravoar que não me recorda o nome, e o Jacinto.
E eu ainda no chão a deitar fumo pelas orelhas, entretanto lá resolvo o meu problema técnico e fico a postos para descolar. Começo a observar tinham subido todos menos o Jacinto que tentava sobreviver ao máximo. Olho o horizonte e aproximava-se á frente da descolagem um conjunto de nuvens que iam tapar a descolagem por um grande período, então vejo o Jacinto a subir um pouco, começa a entrar um ciclo um pouco mais forte e descolo. Assim que levanto a asa, começo a subir logo generosamente e fico logo bem por cima da descolagem, depois apagou-se um pouco e fui tentar apanhar algo mais consistente para a frente no plano ao lado direito. Com um pouco de empenho e dedicação lá apanho uma bolha boa que me leva á nuvem, entretanto verifico que o meu irmão Jacinto tinha aterrado.
Na zona já não se encontrava nenhum piloto, assim sendo começo a fazer o meu voo, a tomar as minhas próprias decisões e não ir em cantigas. Quando chego a nuvem continuo a subir mais um pouco, pois pensei o tecto está baixo, 1100-1300, tenho que aproveitar, chego aos 1700m, a direcção do vento era SW 10km/h, viro costas ao vento e saio da nuvem, começo a olhar não vi ninguém e pensei estes gulosos já fugiram todos e o urso ficou a comer os resto…e continuei o voo, vislumbrando o que se ia passando em termos de nuvens, passarada que andavam doidos, de nuvem em nuvem, sentia-se mesmo alegria nos animais, fui vendo as estradas de alcatrão , pois o penúltimo voo que fiz em castelão tive que andar com a mochila ás costas um par de horas e fazer muitos Km a pé para sair vivo de uma reserva de caça espanhola, antes de Membrio. Então começo a cortar um pouco caminho para Norte e á direita vejo a aldeia que agora sei que se chama Nossa senhora da Graça e Póvoa e Meada, e vou seguindo a minha rota, de nuvem em nuvem. A nascente desta aldeia apanho uma térmica boa que me levou aos pícaros dentro da nuvem de onde sai com uns 2000m de altura e não foi mais porque se acabou a gasolina, nunca tinha visto uma coisa assim o ar estava tão denso que as linhas da minha Moranguinha choravam gotas de água, e de tanta humidade e com a velocidade tilintavam e estremeciam, olho para as mangas do meu casaco e estava todo encharcado e pensei só espero que a minha bicha se porte bem, pois o fabricante recomenda não voar com chuva por causa de risco de colapso, não era o caso, mas a asa escorria água com tanta humidade. Mas afinal até foi bom ela ficou lavadinha e deu-nos animo para continuar.
O dia não estava fácil, estava muito trabalhoso, era um dia de muito engonhanço e paciência de chinês. Continuo a cortar um pouco caminho para a esquerda em direcção a Montalvão e começo a ver ao longe Castelo Branco, olho para o PDA e vejo 15-18km, e penso olha a esta velocidade se chegar a Castelo Branco já vai valer a pena. Um pouco antes da aldeia já descrita apanho mais uma térmica boa que me eleva perto dos 1700m, o tecto estava mais alto mas tinha que se aproveitar sempre ao máximo até ao tutano, começo a vislumbrar uma asa a uns 5-10km a Oeste dessa aldeia em dilecção a Castelo Branco. Sai da nuvem viro de novo costas ao vento e sai direcção NO, começo a ver acessos e siga vamos embora, pois para a frente e que é caminho, nem me passava pela cabeça que estava a pisar solo espanhol. Vou apanhando uma estrada boa de nuvens e ia me lambuzando de nuvem em nuvem, fugindo do azul e procurando sempre rentabilizar o melhor caminho. Tentei aproveitar sempre qualquer coisinha que subia consideravelmente ou zerasse , chego ao Tejo a SE de Castelo Branco e oiço no rádio que já havia pilotos por ali a aterrar e outros a lá chegar. Perco um pouco altitude, mas depois ao começara subir a margem norte do Tejo começo a ver umas gulosas cegonhas que estavam a encher a barriga e zumba, eu também quero, fiquei lá eu, e elas mais um pouco, mas passado um pouco já tinham enchido o deposito e foram para outras paragens. Aqui começo a atalhar um pouco para Oeste em direção a C.B. onde começo a ver uma estrada a nascente da cidade e vou andando, começo a zerar um pouco e a subir muito pouco onde derivo um pouco para a SW, corto um pouco para Norte e apanho mais uma térmica e falei com a minha Moranguinha agora Castelo Branco já está para traz, vamos é andar para a frente, e siga, vou perseguindo as melhores nuvens. Começo a ver ao longe Idanha a Nova e começo a ter em mente lá chegar, pelo caminho vou apanhando bandos de andorinhas que se deliciavam a comer insectos dentro da térmica, onde me vão dando mais uma preciosa ajuda, pois começo a entrar numa zona de azul e as nuvens estavam ainda longe do meu alcanço.
Quando chego perto de Idanha a Nova, e verifico que a cidade se encontrava localizada num plano inclinado virada a sul, a vista era magnifica. Tinha já +- 60km percorridos. Quando estou por cima da cidade apanho de novo mais combustível e começo a ver a bela da barragem da Idanha onde verifico que havia uma ligeira brisa de vento no solo, de seguida já vejo com um piscar de olho vejo um vila que reconheci dos livros, a vila de Monsanto, ainda perguntei pelo rádio se alguém sabia de uma aldeia perto de salvador que ficava ladeada num alto de pedras, mas quem ouviu não se lembrava do nome. Pensei olha já que consegui chegar ate aqui vou tentar rentabilizar mais um pouco. A altitude rondava ente os 1000m e os 1500m de altitude, então começo a ver que as nuvens já não tinham aquele esplendor de umas horas antes, mas ainda continuavam a bombar. Ao lado direito vislumbrava o maciço de Penha Garcia e via a vila de Salvador, a qual não conheço pessoalmente mas muito tenho ouvido falar. Vou seguindo direcção +- NO por cima de uma estrada, ao chegar a Proença a Velha apanho mais uma boa térmica que me eleva uns 1400m e feitos uns 70km, então vou seguindo e a sul de Pedrógão de São Pedro por cima de uma floresta apanho mais uns bafos e vou zerando até apanhar uma bolha fraca mas consistente e fui atestando o deposito até aos 1500m de novo e pensei isto já dá para chegar a próxima vila lá ao fundo e fazer uns 80km. Então lá fui eu estava a adorar o dia pois com o vento tão fraco nunca pensei fazer estes Km, quando chego perto da vila que também não sabia o nome, era Penamacor, vejo que a norte da vila o relevo era mais acentuado, umas boas dúzias de eólicas nas suas cristas, muita vegetação e pensei , ao lado direito pensei que fosse Fóios e não estava enganado, no lado esquerdo via a Covilhã ao fundo e a Serra da Estrela toda coberta de nuvens, o dia estava quase a terminar e não valia a pena arriscar e ficar apiado. Ainda tinha sensivelmente 1000 de altitude a nível do mar, mas o solo também estava elevado em relação ao nível do mar com uns 500m de altura, e decidi aterrar ali, mas estou certo que dava para fazer mais uma meia hora de voo, talvez tivesse ultrapassado os três dígitos, mas fica para outra trip. Pois foi a minha primeira saída em XC este ano e estava também muito cansado, 5h de voo, percorrido 88km, sem comer, beber tinha mas até me esqueci, e como estava frio no ar nem me apeteceu.
Assim procurei um local seguro e aterrei á entrada da vila ao lado de uma Bomba de gasolina, 5*, pés no chão, e digo bela voaça. Para mim o mais importante não é os KM que se faz é descolar, desfrutar e aterrar em segurança, a vida é muito preciosa, e para continuar a fazer Km é preciso estar vivo…depois ligo o IGO para tentar saber onde tinha aterrado e vi PENAMACOR. Ligo ao Jacinto que já me tinha ligado várias vezes, e que não atendeu, liguei ao Tiago Dário, que percebeu onde estava , disse-me que era o campeão do dia e disse-me para apanhar um autocarro para Castelo Branco. Pensei vou dobrar a asa e perguntar na bomba de gasolina alguma coisa por lá. Pouco depois de dobrar asa o Tiago ligou-me a dizer que dai a 30 minutos estava lá e eu, pensei fixe, voo muito nice, recolha rápida, o que posso querer mais. Cheguei á bomba e passado 15 minutos ai estava o Tiagão o taxista de serviço ultra rápido.
Fomos até Castelo Branco, onde encontramos um restaurante muito nice o Forno, onde tivemos a pastar, a refrescar a goela com um belo tintol, e muito convívio onde não faltou um bagaço para comemorarmos o dia. Chegamos a Lisbon perto das 1.30h da matina, mas valeu a pena arriscar um dia que não parecia ser tão generoso.



Um abraço e bons Voos,



Henrique Novais

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Domingo 8-Maio C. Vide


Já está na hora de fazer umas saidas...

que dizem?